O que é Coronavírus (Covid-19)?
O Coronavírus faz parte de uma grande família de vírus. Existem 06 Corona Vírus identificados que causam infecções em humanos. O Coronavírus Covid-19 (SARS-CoV-2) tem alta transmissibilidade e causa infecção pulmonar, manifestando-se com tosse seca, febre, fadiga, cansaço, dores pelo corpo e falta de ar. Contudo, a maioria dos pacientes infectados não apresentam sintomas ou tem sintomas leves lembrando uma gripe leve.
Como é a transmissão do Coronavírus?
A transmissão do vírus ocorre quando uma pessoa doente entra em contato com outra uma pessoa saudável por meio de:
- Aperto de mão (principal forma de contágio);
- Gotículas de saliva (Tosse, espirro, catarro);
- Objetos ou superfícies contaminadas (celulares, mesas, maçanetas, botão do elevador, etc.).
O vírus é bastante resistente, ficando viável até por dias em objetos ou superfícies.
O tempo de incubação é de 2-10 dias. Em outras palavras, seria o tempo entre a contaminação pelo vírus até iniciar os primeiros sintomas.
Quais são os principais sintomas da infecção pelo Coronavírus (SARS-CoV-2)?
Os principais sintomas são:
- Febre persistente (>37,8oC);
- Tosse seca;
- Falta de ar (respiração curta, ofegante, fala entrecortada).
Outros sintomas que podem estar presentes, mas menos comuns são diarreia, dores pelo corpo, fadiga (corpo cansado) e raramente coriza (nariz escorrendo).
Como devemos nos proteger?
Orientações gerais simples são muito importantes para prevenir a propagação da infecção, como se segue:
- Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão ou então higienize com álcool em gel 70%.
- Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos.
- Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Ao tocar, lave sempre as mãos como já indicado.
- Mantenha uma distância mínima cerca de 2 metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando.
- Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote uma onda amigável sem contato físico, mas sempre com sorriso no rosto.
- Higienize com frequência o celular e brinquedos das crianças.
- Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
- Evite aglomerações e mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.
- Durma bem, tenha uma alimentação saudável e faça atividade física.
Quando se deve usar máscara?
Deve-se usar a máscara cirúrgica nas seguintes situações:
- Se estiver tossindo ou espirrando para evitar transmitir vírus para outras pessoas.
- Para pessoas saudáveis, use máscara somente se estiver cuidando de uma pessoa com doenças respiratórias.
- As máscaras são eficazes somente quando usadas em combinação com a limpeza frequente as mãos com água e sabão ou higienizadas com álcool em gel 70%.
- Após usar a máscara, descarte-a em local adequado e lave as mãos.
Quem corre mais risco?
A pessoas de maiores riscos são:
- Idosos (>60 anos);
- Portadores de doenças crônicas tais como:
- Hipertensão arterial sistêmica;
- Diabetes;
- Doenças cardiovasculares (insuficiência cardíaca, infarto, derrame cerebral);
- Doenças pulmonares crônicas (Enfisema pulmonar, asmáticos grave);
- Indivíduos com câncer.
Pacientes em uso de imunossupressores* de uma maneira geral são considerados de “alto risco”. Frente a um quadro de infecção, estas medicações devem ser interrompidas temporariamente e o médico que acompanha o paciente deve ser informado. Assim que os sintomas da doença desaparecerem, a medicação deve ser reiniciada.
Até o momento não existem informações suficientes sobre o efeito do uso destas medicações em uma possível infecção pelo SARS-Cov-2. Deste modo, todo paciente em uso de imunossupressores deve ser orientado a entrar em contato com seu médico assistente, caso apresente sintomas como tosse persistente, febre e falta de ar, a fim de receber orientações sobre como proceder em relação às suas medicações.
- Corticoide (prednisona ou equivalente) => Doses iguais ou superiores a 20mg por mais de 2 semanas;
- Anti-TNF (adalimumabe, etanercepte, cetolizumabe, golimumabe e infliximabe);
- Anti-IL17 (secuquinumabe, ixequizumabe);
- Anti-IL23 (ustequinumabe, guselcumabe, Risanquizumabe);
- Inibidores da co-estimulação (abatacepte);
- Inibidores linfocitários (rituximabe, belimumabe);
- Inibidores JAK (tofacitinibe, baricitinibe, upacitinibe);
- Imunossupressores (ciclofosfamida, micofenolato, azatioprina, metotrexato e leflunomida).
Os pacientes com doenças reumáticas em uso de imunossupressores tem maior risco de infecção pelo Coronavírus?
As informações científicas ainda são escassas nessa situação de infecção pelo coronavírus e não permite afirmar que haja aumento do risco. Contudo, baseado em outros quadros infecciosos, acredita-se que possa haver essa aumento do risco. Desse modo, nós reumatologistas, em acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia orientamos aos pacientes com doenças reumáticas em uso de imunossupressores que adotem medidas preventivas mais rigorosas.
Quando o paciente reumático deve ser submetido ao afastamento social?
O paciente reumático que não apresenta outros fatores risco e que não se encontra como caso suspeito ou confirmado pelo coronavírus deve se considerar seu afastamento social se o mesmo apresentar uma doença inflamatória crônica em imunossupressão moderada a intensa*.
Tem tratamento para a infecção pelo Coronavírus (COVID-19)?
Ainda não tem tratamento específico para a infecção pelo COVID-19. Poucas evidências científicas sugerem o efeito benéfico da cloroquina (hidroxicloroquina) no tratamento da infecção. Não se recomenda o uso desse fármaco em orientação médica e como forma preventiva.
Bom dia !!
Muito bom o texto sobre corona e AR.
Parabens pelas informaçoes.